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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Zabé da Loca morreu na manhã deste sábado (5),




Zabé da Loca, Izabel Marques da Silva, foi um raridade, uma destemida que incorporou a música a sua vida, através do instrumento o pífano, por prazer, por vida.Nasceu em Buíque, Pe, 1924,mudando-se para a Paraíba, Monteiro, onde morou por 25 anos embaixo de uma pedra enorme, uma formação calcária comum no sertão paraibano, Serra do Tungão-PB mudando só em 2003 para um assentamento de terra -Sta Catarina, em Monteiro-PB.Teve dois filhos, viveu da lavoura, na enxada com  intempéries, mas nunca abandonou  o pífano.Tornou-se mais conhecida no país nos anos 80/90 e daí  veio a ser a  figura destacada na música brasileira.Faleceu a semana passada aos 92 anos.



por http://bit.ly/2vGbhNF

A artista Zabé da Loca morreu na manhã deste sábado (5), na comunidade Santa Catarina, zona rural de Monteiro, no Cariri da Paraíba. As primeira informações repassadas pela família são de que Zabé estava com 93 anos de idade e morreu em casa de morte natural. Nos últimos anos ela lutava contra a doença de Alzheimer.
Ainda segundo a família, o corpo da pifeira foi velado em casa durante toda a manhã deste sábado e à tarde o velório aconteceu no Memorial Zabé da Loca, no sítio Tungão, fazenda Santa Catarina.
Haverá velório também no domingo (6) no Centro Cultural de Monteiro, às 7h. O sepultamento será às 10h, no cemitério municipal de Monteiro.
A Prefeitura de Monteiro decretou luto oficial de três dias, de sábado até a segunda-feira (7), de acordo com a assessoria de comunicação.

JULIA LOPES DE ALMEIDA..a história tentou apagar




Paulo Vasconcelos
Aprendi a gostar de literatura já nos anos de 1950, na Paraíba, Campina Grande, em  alguns  livros que estavam próximos a mim, mas foi um livro didático, uma espécie de Antologia do Conto, indicado pela professora de Português, Marli Motta , no ginásio, num colegio público, diga-se a verdade, em que encontrei Julia Lopes de Almeida . O conto era A Caolha.
Gostava de sua clareza, sua escrita simples e direta , sua eleição aos fatos do cotidiano , a sua época. O tempo passou e por décadas ela foi escondida. Michele Asmar Fanini desvenda em seu livro fatos interessantes sobre Júlia e encontrei esta matéria no jornal Digital da USP, vejam:

Por Jornal da Usp
Livro recém-lançado resgata obra da escritora mais publicada da Primeira República (1889-1930) e a única mulher a fazer parte do grupo de intelectuais que fundaria a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em documento extraoficial, encontrado por pesquisa da USP, consta o registro do nome de Júlia Lopes de Almeida entre os cogitados que comporiam a lista de fundadores. O livro A (in)visibilidade de um legado – Seleta de textos dramatúrgicos inéditos de Júlia Lopes de Almeida mostra a importância da escritora e a redime de uma sociedade machista, cujas barreiras de gênero a relegaram ao ostracismo institucional.
O livro é de autoria de Michele Asmar Fanini e foi lançado em março de 2017 pela Editora Intermeios e coedição da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O trabalho é resultado de uma pesquisa de pós-doutorado feita no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP.
A lista extraoficial onde constava o nome de Júlia foi encontrada por acaso. Em 2005, quando Michele dava início ao seu doutorado, cujo recorte de pesquisa era a investigação dos bastidores de ingresso das mulheres na ABL, se deparou com o documento que tinha sido elaborado por um dos idealizadores da academia, Lúcio de Mendonça. Na lista, apareciam elencados quarenta nomes daqueles que, segundo ele, deveriam figurar como seus membros fundadores. Seguindo o modelo da Academia Francesa, cujos ingressos consistiam em uma prerrogativa masculina, a ABL excluiu o nome de Júlia da listagem final. Por sua vez, o marido da escritora, Filinto de Almeida, que também integrava o grupo de idealizadores, se tornou um de seus fundadores.
Leia toda matéria em..http://bit.ly/2v84oC4

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Explicação Para Certos Paradoxos

Explicação Para Certos Paradoxos da História Nacional Contemporânea. ..capturas do face

Braulio Tavares é um artista inquieto, grande e largo, fomos colegas de ginásio em Campina Grande, apesar do tempo ter nos separado ,um para um lado outro ,para outro, acompanho sua trajetória como escritor tradutor, sigo seu face, aqui vai uma dessas capturas, em que pela tradução digamos intersemiótica ele diz mais e mais face o que ora passamos...
CLIQUE NO TÍTULO

terça-feira, 1 de agosto de 2017

.....perguntaram dos rituais Flip 2017 ...captura do Face

PERGUNTARAM

perguntaram dos rituais
a única resposta possível
na cor das horas 
é o poema.
*-L.Chioda-

apud ZUNAi  
http://bit.ly/2u2CKcM


O poeta é um ativista, Leonardo Chioda  é um deles, afora uma escrita fina, ele reinventa, dubla a palavra poemando, tonteando o leitor e diz, diz mais. Assim, como na letra, ele poema pelas ruas como fez em Paraty  num exercício de cidadania, flagro-o no face e passo aqui para vocês, leitores.Paulo Vasconcelos



Quem se rendeu à #Flip2017, sabe que era comum ver escritores de todas as idades vendendo seus livros e plaquettes — quase todos de editoras independentes ou seleções de poemas feitas à mão, em folhas sulfite, impressos em rascunho, em poucas cores.

Quem se rendia às mesas dos bares, pode ter visto o que vi: gente caçoando, ignorando friamente, diminuindo ou mesmo tirando sarro de quem oferecia o trabalho por qualquer quantia que o cliente-leitor julgasse oportuno ao material. Vi esse tipo de recepção a jovens poetas que vivem muito longe de Paraty e chegam lá com o dinheiro contado para comer quando dá tempo. Ouvi reclamações burras de quem sentava com as sacolas da Travessa abarrotadas [de livros que nem vão ler]. Gente que chorou com a imensa Diva Guimarães e gritou #foratemer mas torcia a cara a quem interrompia o gole da cerveja. Caramba.

Claro que ninguém é obrigado a comprar nada. Mas o descaso com quem escreve — só porque a pessoa não tem editora ou porque aborda oferecendo o trabalho em meios simples — chega a ser revoltante. E tão comum ao longo do maior evento literário deste país desgovernado.

Quem escreve é de carne, sonho e osso. Me desculpem, mas quem transita no frio trabalhando, aberto à chacota, ao silêncio e ao 'não' ríspido de quem se acha mais e melhor, é tão importante quanto os convidados do auditório principal. Mais que pensar na fogueira das vaidades, creio na Literatura como o melhor pretexto para conhecer a grandeza dos outros. Assim o incômodo de presenciar o olhar reprovador a quem dá a cara aos tapas da vida, com o mundo inteiro no coração. A quem sangra e continua andando.

Ou estou bem louco ainda — depois de tantas emoções ao lado de gente que eu amo e outras que conheci e passei a amar — ou parece, mesmo, que muitos não estão entendendo nada. Deve ser as duas coisas. Me anima o fato de que alguns muitos, dentre eles escritores, não só contribuíram com esse povo corajoso [e bem bom no que faz], como abraçaram e desejaram boa sorte e boa editora. Nem tudo se perde quando a poesia está envolvida. Mas não me rendo a nenhum conformismo. Quem escreve é de carne, osso e sonho de chegar no fim da festa sem nenhum exemplar na mochila.
A ignorância de alguns resiste. Assim como resiste a literatura independente, que é o esforço de tantos — esse braço estendido nas noites frias entre tantas luzes.

*Leonardo Chioda nasceu em Jaboticabal, interior de São Paulo. 
 Graduado em Letras pela Universidade Estadual Paulista e pela Università degli Studi di Perugia. Sua estreia foi com Tempestardes [Editora Patuá, 2013], premiado pelo ProAC [Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo.Seu mais novo livro, POTNIΛ [Selo Demônio Negro], foi apresentado durante a Flip na Casa Paratodos. Além de ensaios sobre Literatura e Simbologia, tem poemas em diversas revistas virtuais e impressas. Devido à sua densidade e ao rigor com a palavra escrita, Chioda se afirma como uma voz destoante — e, por isso mesmo, necessária — da poesia contemporânea brasileira.

Aí.. Flip 2017- .... divisora de águas....Capturas do Face


Na minha constante pesquisa nas chamadas Redes Sociais, nome que não curto, deparo-me com o jovem escritor-sério e de talento que escreve também no seu Face, no seu post de modo simples; como uma flecha exata, no ponto, Rafael faz um apanhado enxuto do que foi a Flip sem se deter nos intelectualismos que, em geral, se usa para descrever este tipo de evento, passo a palavra ao escritor, que muito admiro. Paulo Vasconcelos




Rafale Gallo*





Dizem que as crises servem para repensar o modo como lidamos com as coisas, para buscarmos novas soluções e ficarmos mais fortes ou sábios. No Brasil, isso quase nunca acontece, porque as crises sempre parecem apontar para um buraco ainda mais fundo e não haver amadurecimento, mas sim sublimação pelo humor e catarse pela violência (não lidamos com nossos traumas). Mas a Flip deste ano foi uma belíssima exceção. 

A curadoria da Joselia Aguiar, as propostas das programações paralelas e as relações entre toda a teia que formou os últimos dias em Paraty mostraram que há, sim, maneiras criativas, saudáveis e afetivas de lidarmos com todo esse imbróglio chamado Brasil. Foi muito falado - e eu não poderia concordar mais - que a educação e a cultura têm que se tornar centrais na formação do país. É até um alívio ouvir esses tipos de sinais, em um contexto em que só se vê a pregação dos mercantilismo mais vis, como se a salvação fosse o dinheiro, os investidores, etc. 

A salvação vem da educação, das oportunidades de igualdade, de se dar importância real à vida das pessoas. Não à toa, a presença mais marcante dessa Flip veio de uma professora, de uma pessoa que não estava lá nos holofotes, mas no público. Era aí que essa Flip - que foi divisora de águas, como muitos falaram - estava mais potente: no rés-do-chão. Com tudo que essa expressão tem de mais bonito.

Ah, e o vídeo da Diva é imperdível. Essa história da lagoa eu ouvia quando era pequeno - também de pessoas da igreja (oh, coincidência!) - e o que ela tem de horrível e absurdo continua em outras "historinhas" até hoje. Acho que qualquer discussão sobre racismo ou aspectos sociais do Brasil deveria passar por esse vídeo, e ele contém tanta coisa, que eu nem saberia por onde começar.
(video aqui já exibido.... (http://bit.ly/2u1fhZa  )

Enfim, que bom que a Flip tomou esse rumo, que bom que podemos vislumbrar esses rumos. Porque reparem em uma das coisas importantes: as falas são duras, refletem sobre a violência, mas elas não são violentas em si. E é nisso que eu também acredito, cada vez mais.


* Rafael Gallo

Escritor paulistano, autor do romance Rebentar (Record, 2015) 
livro vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 
e de Réveillon e outros dias (Record, 2012), 
livro vencedor do Prêmio Sesc de Literatura.
..http://www.rafaelgallo.com.br/

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Não dá pra dizer que Maduro está morto nem que a Oposição esteja enterrada... Capturas do Face

Mara Telles brinca no seu Face, mas quando se arma de verdade como professora /pesquisadora da área de Ciência Política,UFMG, que é, sai tiro certeiro!
Ela comentou sobre os últimos fatos da Venezuela, e temos uma posição equilibrada, tomei seu post emprestado .Paulo Vasconcelos
.....





7,5 milhões participaram no plebiscito contra a Constituinte, convocado pela oposição. Júlio Borges, Presidente da Assembléia Nacional Venezuelana, veio a público interpretar estes resultados que, segundo ele, demonstravam que o governo de Maduro estava revogado. 




Ontem, cerca de 8 milhões de pessoas votaram a favor da Constituinte convocado por Maduro. Maduro agora interpreta os resultados: foi a maior votação da Revolução Bolivariana. Até agora, empate técnico, tipo 49,5% para Oposição e 50,5% pro - Maduro. Números robustos de lado a lado. 



Não dá pra dizer que Maduro está morto nem que a Oposição esteja enterrada. Não dá também para simplificar a interpretação entre Autoritários x Democráticos, porque muito embora Maduro tenha apresentado atitudes convenientes com regimes duros, como a violência contra os protestos, a Oposição venezuelana também está bem distante de ser exemplo de democratas.
 Isso vai acabar em guerra civil e, dificilmente qualquer que seja o grupo que venha assumir um novo governo pós -Maduro conseguirá no curto prazo pacificar o país. 



Polarização neste nível costuma ter única resposta: regimes fechados que, usualmente, são fechados em nome da Democracia - esta velha senhora sempre chamada para justificar períodos de exceção.

domingo, 30 de julho de 2017

BOM DIA CHICO....capturas do Facebook

Cida Moreira, sempre doce e um poema ambulante, ela é um ser que vomita a doçura dos que são humanos, tem a leveza dos que querem vida, ela é um sopro de ternura, coisa tão rara hoje em dia,além de uma musicista uma pessoa inavaliável que no mundo da canção nos põe cor; capturei esta postagem do Facebook que bem confirma isto:










...a canção nova de Chico é um bálsamo poético sem tempo.....apenas e tão somente uma suspensão artística que me coloca num lugar de onde cada vez mais não quero sair..um sopro....uma eternidade que honra a glória da música brasileira....e as palavras..tão simplesmente colocadas....suspensas nesse tempo bruto e tosco.....já tive que ler várias opiniões contrárias aqui.....começa o patrulhamento vazio dos tempos atuais, onde seu gosto pessoal tem que ser o melhor nesse vácuo humano .......respeito...não gostem.....mas por favor não entrem na minha TL......nao defenderei toscamente quem nunca precisará de qualquer defesa..a obra, senhores...a obra.....façam as suas e silenciem se puderem.....bom dia Chico, que além de tudo tem no Buarque o nome da rua onde moro........boa tarde.....meu luxo.....