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sábado, 7 de agosto de 2010

Tese de participação dos EUA no golpe ganha força por Admin última modificação 23/07/2010 15:09

Ex-candidato à presidência afirma que governo atual é dirigido por Washington


23/07/2010



Renato Godoy de Toledo

do enviado a Tegucigalpa (Honduras)



Os EUA tentam vender a imagem de que Honduras vive um governo de conciliação, onde não há violação aos direitos humanos e a resistência praticamente não existe. Essa é a visão de Carlos H. Reyes, sindicalista hondurenho e ex-candidato à presidência da República de Honduras, em 2009. Atendendo aos movimentos sociais, Reyes foi um dos candidatos que desistiu do pleito e engrossou o boicote ao processo eleitoral.



Para o sindicalista, o governo de Honduras, desde o golpe de junho de 2009, tem suas ações baseadas nos interesses de Washington, basicamente. “O embaixador dos EUA aqui [Hugo Llorens] é quem dirige o governo. Eles tentam unificar o Partido Liberal para dividir a resistência e continuam aumentando o poder das Forças Armadas, dando- lhes mais armas e dinheiro. Além disso, há dois meses instalaram a segunda base militar no país, em meio a uma zona indígena onde há petróleo e água”, aponta.



Sob essa constatação, Reyes afirma que o golpe em seu país é parte de uma estratégia dos EUA de retomar o controle sobre a América Central.





Zelaya acusa

No aniversário do golpe de Estado em Honduras, o presidente deposto Manuel Zelaya afirmou que as ações que o tiraram do poder foram orquestradas pelos EUA. O país administrado por Barack Obama, inicialmente, mostrou-se contrário ao golpe, mas foi uma das poucas nações a reconhecer as eleições de novembro de 2009. “Tudo indica que o golpe foi orquestrado na base militar de Palmerola, pelo Comando Sul dos EUA, e executado torpemente por maus hondurenhos. O tempo e o apoio público que os EUA terminaram dando ao golpe e àqueles que o executaram confirmam sua participação”, afirma a carta enviada por Zelaya, desde seu exílio na República Dominicana.



O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner, limitou-se a dizer que a declaração do ex-presidente é “ridícula”.

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